Caros Agentes de Viagens Abavianos,
Os Agentes de Viagens têm merecido da VASP consideração e reconhecimento por sua importância como distribuidores do produto dessa empresa aérea.
Com base nesse relacionamento comercial, recebemos ontem na sede da ABAV Nacional, os Srs. Rodolfo Canhedo e Nelson Nicolini, para um posicionamento franco da VASP em relação aos atuais fatos.
Comunicou-nos Rodolfo Canhedo que 98% das comercializações da VASP são por conta das Agências de Viagens, tendo sido fechadas 22 lojas VASP e mantidas somente lojas de serviço, nas capitais e aeroportos.
Essa política comercial de distribuição, pautada no Agente de Viagens, faz com que a VASP, no momento, dependa, segundo Rodolfo Canhedo, plenamente da produção das Agências.
Complementou informando que são 2.125 agências de Viagens vendendo VASP diretamente, além das consolidadas e que a retomada coletiva alavancará o faturamento.
A queda vertiginosa nas vendas, agravadas por notícias nem sempre divulgadas com observância rigorosa dos fatos, vem prejudicando e poderá prejudicar ainda mais a VASP, e por conseqüência todo o sistema de turismo doméstico.
Novas atitudes administrativas e estratégia empresarial estão sendo adotadas internamente, mas neste momento é fundamental, de acordo com a VASP, que a estratégia comercial, por parte das Agências de Viagens, seja mantida.
Por esse motivo, Rodolfo Canhedo e Nelson Nicolini, consideram ser inquestionável a força de vendas das Agências de Viagens, para manter o faturamento da empresa aérea.
O índice de ocupação, segundo Rodolfo, vinha atingindo 70%, de aproveitamento.
A confiança do passageiro está abalada pelos últimos acontecimentos e isto converte-se em fator restritivo, mas Rodolfo Canhedo colocou-se à disposição da ABAV para delinear os novos rumos de gestão que a empresa adotou para fazer frente ao desafio desse período contando com o Agente de Viagens.
Em junho, em relatório confidencial (cópia em nosso poder), a Trevisan Auditores Independentes analisou estruturalmente a empresa, confrontando: a otimização da frota por rota, freqüência de vôos, demanda projetada, operação de carga, adequação de cargos e salários entre outros itens. As diretrizes traçadas até 2013 são viáveis de acordo com a direção da VASP.
Comunicou, ainda, Rodolfo Canhedo, que os ordenados estão com provisão para pagamento até dezembro, incluindo 13º, por operação garantida pelo Grupo Canhedo.
O enxugamento da empresa é de difícil execução, mas necessário ser implantado.
Informou à ABAV, que a VASP nada deve à INFRAERO em termos de taxa de pouso e decolagem, estando rigorosamente em dia. Há sim pendência de pagamento relativo a taxa de embarque e débitos anteriores à privatização.
Consultado pela Presidência da ABAV sobre a atual posição dos empregados da VASP, relatou ter dialogado com a Sra. Graziella Baggio, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas.
A negociação já iniciada com a EMBRAER, a garantia dos salários dos profissionais da VASP até dezembro, incluindo 13º salário, a condução da empresa sob novos moldes de gestão, aliados ao esforço de vendas dos Agentes de Viagens, conforme pleiteia a VASP será, segundo Rodolfo motivo suficiente para recuperar o fôlego e recomeçar uma VASP redesenhada.
A ABAV convidou Rodolfo Canhedo, que lidera as negociações da empresa na atual fase, a comparecer à reunião do Conselho Nacional, com 141 Conselheiros, Agentes de Viagens de todo o Brasil, a acontecer durante o 32º Congresso ABAV, na próxima semana para maiores detalhes.
Neste momento, cabe a todos nós Agentes de Viagens, conscientes da força que representamos na comercialização dos produtos de uma empresa aérea, refletir e decidir como agir!
Tasso Gadzanis
Presidente |