Entre janeiro e junho de 2012 foram registradas 2.086 reclamações relacionadas ao setor de viagens e turismo
A fim de esclarecer os procedimentos que seriam adotados após a repercussão do caso Trip & Fun, agência de viagens que cancelou inúmeros pacotes turÃsticos e deixou seus clientes desorientados sobre o que aconteceria em seguida, integrantes da Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo (Abav/SP) se reuniram com a diretoria da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP).
Depois de decidir pela suspensão da agência de seu quadro associativo, a entidade paulista reuniu-se com os representantes da agência e definiu como prioritária a volta dos estudantes que se encontravam no exterior e que tiveram seu retorno comprometido pela má administração da empresa. De acordo com a Trip & Fun, a crise teve inÃcio ainda no ano passado, quando diversos voos foram cancelados por conta das cinzas expelidas pelo vulcão chileno.
Na reunião, representantes do Procon-SP informaram que, apenas no primeiro semestre de 2012, 2.086 reclamações relacionadas a serviços de viagens e turismo foram feitas pelos consumidores, prejudicados por algum fornecedor do setor. O número é 28% maior do que o registrado no mesmo perÃodo de 2011, quando 1.686 queixas foram registradas.
Apesar das estatÃsticas apontarem para um alto grau de insatisfação, o órgão esclarece que, deste total, mais de 50% das reclamações dizem respeito a compras efetuadas por meio de sites de compras coletivas, fator que indica que o intermédio dos agentes de viagens continua necessário. Ainda assim, a pedido da Abav/SP, o Procon-SP se dispôs a fornecer todos os dados referentes aos 2.086 casos para que a entidade possa avaliá-los minuciosamente e verificar a origem exata de cada problema.
A reunião contou com a participação de Edmar Bull e Joandre Ferraz, vice-presidente e consultor jurÃdico da Abav/SP, respectivamente, Carlos Augusto Machado Coscarelli, chefe de gabinete do Procon-SP, e Paulo Arthur Lencioni Góes, diretor executivo do órgão. Na ocasião foi cogitada a conveniência e oportunidade de edição de um guia conjunto de boas práticas do setor, semelhante à cartilha anterior, editada pela Câmara Especial de Turismo, no ano 2000.
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