Investimentos na África serão um dos temas discutidos durante o Encontro África e a Diáspora Africana (EADA 2013), dias 21, 22 e 23 próximos, na Costa do Sauípe, no contexto das comemorações pelo Dia Internacional da Consciência Negra, que se comemora dia 20.
Na vanguarda do crescimento africano, continente cujos países experimentam taxas médias anuais perto de 5%, Angola, que, segundo analistas internacionais, evolui mais rapidamente do que a China lidera os investimentos estrangeiros na região. Isso se aplica, inclusive, ao Brasil, com quem aquele país mantém semelhanças culturais que vão muito além do idioma.
Desde que se o país se pacificou, em 2002, a economia capitaliza os recursos naturais, entre outros, petróleo, gás natural, cobre, fosfato, diamante, zinco, alumínio, ouro, ferro, silicone, urânio e fedespato, além da fauna e da flora e da fartura de madeira e recursos marinhos. Resultado: desde então, a economia angolana registra crescimento médio anual de 18% por ano.
À prova de crises
Quanto ao continente, o relatório de pesquisa African Economic Outlook 2013, publicado anualmente pelo Banco Africano de Desenvolvimento, em parceria com o Centro de Desenvolvimento da OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a Comissão Econômica da ONU para a África e o Plano de Desenvolvimento da ONU, mostra“a relativa e saudável resistência da África ante os choques internos e externos em meio à conturbada economia global”. A economia deve crescer 4,8% em 2013 e outros 5,3% em 2014, projeta o relatório.
Em aproximadamente cinco anos desde o início da crise econômica, em 2008, a região cresceu mais rápido do que nos anos anteriores à crise. A produção regional cresceu 5,1% ano passado, e promete chegar a 5,4% neste ano e a 5,7% em 2014. Os bons ventos sopram mesmo nos países que emergem de conflitos e crises econômicas, tais como
Líbia, Serra Leoa e Costa do Marfim. O crescimento foi maior nos países exportadores de petróleo e países de baixa renda. Países de média-renda na região e economias emergentes, como a África do Sul, cresceram em ritmo mais lento.
Diante desse quadro, o Encontro África e a Diáspora Africana (EADA 2013), dias 21, 22 e 23 próximos, em Costa do Sauípe, distribuído pelos hotéis Sauípe Class, Sauípe Fun e Sauípe Premium, deverá discutir, nas exposições temáticas e oficinas de trabalho de cunho econômico, as oportunidades de negócios no continente. “O evento tem tudo para favorecer o debate, do qual deve sair um documento sugerindo ações conjuntas Brasil-África, a ser dirigido às autoridades brasileiras, e, mais do que isso, estimular, ali mesmo, pelo ambiente especialmente criado para isso, os primeiros contatos”, prevê Silvana Saraiva, uma das idealizadoras e organizadoras do encontro. |