Não é de hoje que a pesquisa de mercado contribui com a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Há quem faça uso das técnicas de investigação para, no entanto, aprimorar a venda de produtos que, comprovadamente, causam malefÃcios, como o cigarro, por exemplo. Mas, de um modo geral, mesmo a serviço da sociedade de consumo, conhecer comportamentos, hábitos e preferências favorece a adequação da oferta à demanda.
Recordo-me de ter participado de estudos que resultaram em informações valiosas sobre os mais variados assuntos: automóveis, produtos de higiene pessoal, alimentÃcios, de limpeza e até para identificar fatores motivacionais relacionados à compra de armas e munições, além de inúmeras pesquisas eleitorais, avaliando a eficácia de campanhas municipais e estaduais.
Invariavelmente, a caracterização socioeconômica adotada na formação das amostras eram como ainda o são baseadas em classificações definidas por respeitadas entidades do setor, a exemplo da Associação Brasileira de Anunciantes e dos Institutos de Mercado ABA/Abipeme.
Questionários estruturados, entrevistas individuais em profundidade, Focus Groups, Painéis, entre outras técnicas de abordagem também perduram, cada vez melhor empregadas, neste universo cientÃfico de comprovada competência, que auxilia na redução de custos; possibilita agregar assertividade comunicacional; a balizar a criação e o lançamento de novos produtos e serviços; a mensurar os efeitos de um recall; a posicionar marcas; a avaliar grau de satisfação, aprovação e rejeição; a orientar investimentos; a evitar desperdÃcios e muito, muito mais.
Atualmente, dois aspectos distintos e complementares influenciam avanços significativos no desenvolvimento dos estudos mercadológicos. Primeiro, a popularização dos relatórios que o Facebook disponibiliza, estimulando a procura por indicadores de audiência e de qualificação do público-alvo, disseminando o conceito da comunicação online one-to-one em larga escala.
Segundo, a expansão da tecnologia da informação alinhada ao mobile, que fomenta o uso de Apps, a formação de CRMs, impondo a gestão de relacionamento com o cliente como norma para garantir mÃnima competitividade.
Neste sentido, a engenharia da comunicação tende à quebra de paradigmas, revelando aos poucos novos parâmetros de segmentação. Compartilho com os leitores deste post um fato inédito: demos inÃcio ao Projeto Jornalista AMIgo! do Turismo, compondo distintos clusters homogêneos, identificados a partir da análise estatÃstica dos discursos editoriais presentes tanto no âmbito do noticiário do trade como nos chamados veÃculos da grande imprensa e, também, incluindo os blogs dedicados ao Setor, contemplando seus múltiplos enfoques.
Luiz Henrique Miranda, diretor executivo da Agência AMIgo!, idealizador do BigDataTur, sistema de pesquisa e gestão em mÃdias digitais.
|