Relatório apresentado pela Associação das Agências de Viagens do Reino Unido – ABTA consolida a importância das agências de viagens para os consumidores e aponta tendências no setor turístico europeu
Mesmo retratando a realidade europeia, o estudo da ABTA divulgado essa semana reiterou a força da rede de agenciamento de viagens no mercado brasileiro. Várias tendências britânicas constatadas no relatório “ABTA Travel Trends Report 2012”, também são práticas recomendadas pela Associação Brasileira de Agências de Viagens – ABAV Nacional no Brasil, desde meados de 1980. Alguns comportamentos e hábitos de consumo apresentados na pesquisa, como o aumento da procura por agências de viagens, justificado em razão da crescente preferência do consumidor pela personalização do atendimento, constituem diretrizes da ABAV, cujo objetivo é consolidar as suas associadas como verdadeiras consultorias de viagens.
“Os resultados apontados pelo estudo da ABTA ratificam as ações empreendidas pela ABAV que, desde o final da década de 80, motivam e embasam o agente de viagens no Brasil a atuar como consultor e investir forte na fidelização, qualificando-se para atender o novo viajante, disposto a pagar por serviços dedicados a garantir uma viagem perfeita, nos moldes por ele imaginado e de acordo com o seu desejo”, lembra o presidente da entidade, Antonio Azevedo.
“Aumento da procura por agências de viagens é tendência”
O estudo “ABTA Travel Trends Report 2012” aponta a tendência de aumento da procura pela consultoria de viagens, inclusive entre os consumidores mais jovens (de 15 a 24 anos de idade), teoricamente propensos às “facilidades” das compras “on-line”, por terem maior familiaridade com as novas tecnologias. Segundo a pesquisa, além de aspectos relacionados à segurança, os consumidores ingleses encontram nas agências de viagens “inspirações altamente personalizadas e idéias baseadas nos seus gostos e orçamentos”. Independente da faixa-etária, a compra de pacotes turísticos em agências de viagens cresceu 8% entre os britânicos em 2011.
“Fazer o que os websites não podem fazer é chave do êxito das agências de viagens”. A frase resume a principal conclusão do estudo de mercado, que também identifica crescimento das redes de lojas no segmento. A tendência é “providenciar mais interação e diversão aos clientes”, para assim “refletir melhor o produto que estão a comprar”, diz o relatório, que acrescenta: tecnologias tenderão a ser usadas para incrementar a experiência do cliente dentro da loja.
“Clientes querem autenticidade e experiências altamente personalizadas”
O referido estudo de mercado, que foi produzido em parceria com o Foreign and Commonwealth Office, prevê que os clientes recorram cada vez mais às agências de viagens para terem atendimento personalizado e idéias baseadas nos seus gostos e orçamentos. Do mesmo modo, revela que férias na praia continuarão a ser as mais populares. Porém, as empresas que quiserem chegar a faixas de mercado de maior rendimento terão que responder às aspirações de “experiências altamente personalizadas” para consumidores que primam pela autenticidade dos locais propostos.
A Associação britânica assinala que obter o melhor valor pelo seu dinheiro, mais do que o preço mais baixo, tende a permanecer uma tendência-chave no mercado de viagens, indicando que muitas empresas do setor têm aumentado a oferta de produtos que respondem às exigências destes consumidores. Ou seja: reconhecendo o valor que podem dispor usando os seus conhecimentos e o seu profissionalismo para criarem experiências altamente personalizadas, as agências de viagens também, cada vez mais, fidelizam clientes.
Esta tendência, diz o “ABTA Travel Trends Report 2012”, já levou a que muitas empresas do setor tenham abandonado o tradicional modelo de publicar duas brochuras por ano, uma para o Verão e outra para o Inverno, apostando em brochuras por destinos “com maior ênfase nos locais”.
“Consumidores preocupados em obter o melhor valor por seu dinheiro”
“Várias empresas de viagens focadas no atendimento ao segmento de mercado com maior poder aquisitivo lançaram pacotes especificamente na oferta de experiências autênticas”, acrescenta o documento, apontando os casos de viagens de aventura para ver a vida selvagem nas Galápagos ou descobrir a Patagónia ou, ainda, passear no Annapurna, no Tibete como exemplos de iniciativas bem-sucedidas.
Na mesma linha, o relatório da ABTA diz que outra tendência são os clientes terem como uma de suas preocupações a escolha de destinos para as viagens de férias onde possam beneficiar as populações dos locais que visitam, referindo que este ano 50% dos visitantes explicitaram esse interesse, quando em 2010 a percentagem estava em 47%.
Embora se possa considerar que o estudo trata de nichos de mercado, e especificamente de um mercado com maior poder de compra, como é o britânico, a ABTA ressalta que uma das tendências que se reforça com a crise é precisamente a dos consumidores preocupados em obter o melhor valor pelo seu dinheiro (71%), “mas não necessariamente o preço mais baixo” figura como elemento essencial ou, pelo menos, importante quando reservam as suas viagens.
“Encontrar o menor preço vem muito mais abaixo na lista de prioridades das pessoas, com apenas 53% a vê-lo como essencial ou importante”, diz o relatório, que acrescenta que o preço mais baixo ficou em último lugar numa lista de dez aspectos a que os consumidores atendem quando reservam as viagens.
“O foco no valor pelo dinheiro em vez do preço mais baixo sugere que as pessoas pensam cuidadosamente acerca do que querem e estão mais esclarecidas quanto às suas férias e onde gastam o seu dinheiro”, conclui a ABTA.
Tropicalizando a mensagem, Antonio Azevedo recorre a um conhecido axioma: “O barato sai caro”, quando está em jogo a realização de um sonho. Ele ainda arremata: “Por isso, fuja dos pesadelos e consulte sempre uma agência de viagens ABAV, para viajar com tranquilidade”.
Sobre as agências ABAV
As agências de viagens associadas ABAV são, obrigatoriamente, registradas em todos os órgãos competentes em âmbito municipal, estadual e federal, estando formalmente constituídas e estabelecidas. Além de registro no Cadastur – exigido pelo Ministério do Turismo no Brasil, as agências associadas à entidade também estão sujeitas às regras estabelecidas pelo Código de Ética da ABAV e, ainda, contam com oferta de treinamentos, atividades de qualificação e atualização profissional coordenadas pelo ICCABAV – Instituto de Cursos da ABAV, presente e atuante em todo o território nacional. |