Às vésperas de sediar a Copa do Mundo (2014) e a OlimpÃada (2016), o mercado de viagens e turismo no Brasil tem a oportunidade de aprender com os episódios inéditos que envolveram diferentes atores – privados e públicos – no processo de hospedagem para os participantes da Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20.
Neste sentido, nada poderia ser mais oportuno do que a coluna do jornalista, compositor, escritor, roteirista, produtor musical e letrista brasileiro Nelson Motta, veiculada com o tÃtulo “Negócios do Brasilâ€, publicada hoje (25/05/2012) em prestigiados jornais de circulação nacional. Ao declarar que “qualquer alfabetizado digital com um cartão de crédito pode fazer uma reserva no hotel que quiser pela internet, sem pagar comissão a ninguémâ€, Motta coloca em dúvida o papel das operadoras turÃsticas e agências de viagens, modernamente posicionadas como consultorias profissionais qualificadas.
Para atender a demanda por viagens a lazer e negócios, em âmbito global, os consumidores, cada vez mês mais recorrem aos serviços de quem é do ramo. Um pacote turÃstico, fornecido por uma operadora, custa para o consumidor no mÃnimo 25% menos do que a compra direta da passagem aérea, da hospedagem e dos serviços receptivos incluÃdos. No caso de um evento, do mesmo modo, a prévia negociação realizada por uma operadora turÃstica, investida da condição de operadora oficial, assegura, por exemplo, o bloqueio dos apartamentos em quantidade suficiente para garantir o atendimento aos participantes.
Equivoca-se o colunista ao afirmar que “Como são esperados 30 mil visitantes para a Rio+20, o Itamaraty resolveu fazer uma licitação para uma só agência centralizar todas as reservas - e ganhar sozinha todas as comissõesâ€. A rigor, são esperados cerca de 50 mil visitantes para o referido evento e a contratação da operadora oficial, que é a praxe do mercado em todo o mundo, garante cumprir exatamente o que havia sido estabelecido em edital de licitação promovida pelo Itamaraty. Ou seja: obter o bloqueio de mais de 10 mil quartos para o perÃodo do evento: de 12 a 23 de junho. Um feito profissional sem precedentes, que assegurou a oferta demandada e atendimento individual à s delegações estrangeiras em tempo recorde. Em cinco meses de dedicação, de dezembro de 2011 a abril de 2012, a operadora Terramar garantiu as 100 mil room nights solicitadas, num mercado onde a ocupação média da hotelaria é estimada em 85%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro – ABIH/RJ.
Na prática, a operadora oficial conseguiu confirmar de maneira personalizada não apenas a vinda e a hospedagem para 160 delegações estrangeiras, mas também de 120 chefes de estado, além de jornalistas e de representantes da Organização das Nações Unidas – ONU. Coube à operadora Terramar a missão de atuar com devida observância aos critérios protocolares, diplomáticos, respeitando as peculiaridades culturais e empreendendo todos esses esforços profissionais conquistar o apoio da absoluta maioria dos hoteleiros cariocas, para oferta de uma diária média absolutamente dentro dos parâmetros de mercado. Aliás, tarifas inferiores à quelas praticados em eventos de porte equivalente, como OlimpÃada em Londres ou Maratona de Manhattan em Nova York.
Registre-se ainda que, a informação dada pelo colunista: “são cerca de 300 mil diárias durante 10 diasâ€, não condiz com a verdade dos fatos. Do mesmo modo, não procede a afirmação de que a Terramar estivesse “mordendo R$ 504 numa diária de hotel cinco estrelas vendida a R$ 1.560, e R$ 261 nos quatro estrelas, que vendiam a R$ 948â€. Pior que isso, é imaginar que o trabalho desempenhado pela operadora oficial do evento pudesse ser resumido a “mandar um e-mail com a reserva e um número de cartão de créditoâ€. Se cada delegação estrangeira precisasse ligar diretamente aos hotéis um ou dois meses antes da Rio+20, não restam dúvidas: o evento não aconteceria, porque sem hospedagens para as delegações oficiais não terÃamos a Conferencia. Por isso a justa, necessária e única opção do Governo Brasileiro para garantir os apartamentos.
Continuação |