Dirigentes das entidades divulgaram números sobre setor de aviação; economista-chefe do BB aproveitou oportunidade para fazer um panorama geral sobre a economia brasileira
A Abracorp promoveu, na manhã de ontem (25), no Novotel Center Norte, a reunião mensal da entidade, realizada com a participação das agências de viagens associadas. Com o objetivo de estimular o debate acerca de temas importantes para todo o setor de turismo, o encontro contou com a presença de Eduardo Sanonivcz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), convidado a apresentar um panorama geral sobre o mercado de aviação.
Terceiro maior mercado doméstico do mundo, já tendo atingido 100 milhões de passageiros, o Brasil registrou, entre 2002 e 2012, crescimento de 161% no número de viagens nacionais e internacionais. Sanovicz aproveitou a oportunidade para divulgar uma queda de 60% no volume de reclamações no que diz respeito aos serviços prestados pelas aéreas, o que simboliza uma queixa a cada 86 voos. Ainda que o número seja baixo, a estatÃstica revela que, todos os anos, quase 900 mil pessoas registram alguma insatisfação, Ãndice que continua sendo um desafio para a ABEAR.
Em seguida, Carlos Abner, diretor da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) no Brasil, pontuou os principais interesses das companhias aéreas junto aos governos e entidades internacionais e definiu o transporte aéreo como força motriz da economia mundial: além de gerar impacto econômico de US$ 2,2 trilhões e 56,6 milhões de vagas de emprego, representa 3,5% do PIB do planeta e movimenta 2,8 bilhões de passageiros todos os anos.
Abordando a atual economia brasileira, Elcio Rocha, economista-chefe do Banco do Brasil, foi, igualmente, um dos grandes destaques da reunião. Depois de numerar os pontos positivos do paÃs – equilÃbrio macroeconômico, desestatização, mercado de crédito e de consumo, redução do Ãndice de desemprego, reajuste salarial alto e incremento da chamada classe C –, Rocha afirmou que os investimentos são o principal vetor para alavancar o crescimento do PIB (previsão de 3% para este ano) e a produtividade econômica nacional.
Dentre os desafios a serem vencidos no paÃs, o especialista citou a alta complexidade tributária, custos trabalhistas, excesso de burocracia e infraestrutura e educação deficientes, o que, por consequência, resulta na baixa qualificação da mão de obra.
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