A oferta hoteleira no mercado brasileiro registra as mais elevadas taxas de ocupação
Com a extraordinária taxa média de ocupação de 68,60% no primeiro semestre de 2011, as redes hoteleiras experimentaram um salto significativo no indicador de desempenho: de 62,79% em janeiro para 70,36% em junho.
Durante a realização do Congresso Nacional de Hotéis – CONOTEL 2011, realizado de 8 a 10 de novembro, na cidade de São Paulo, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hotéis – ABIH Nacional, Enrico Fermi Torquato, declarou que o setor não mais se preocupa com a falta de demanda. “Isso é coisa do passado”, disse. Segundo ele, a tendência agora é “a gradativa recuperação do valor da diária média hoteleira, que há anos tem sido depreciada tendo como fator preponderante o aumento excessivo da carga tributária”.
Na prática, o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil – FOHB revelou que o valor da diária média já subiu 14,9%, com picos de até 22,1% (como registrado em março de 2011) e apresentando variação na tarifa média (de R$ 195,05 a R$ 214,29) para hospedagem nos empreendimentos das diferentes bandeiras associadas.
A Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas – ABRACORP, visando minimizar as dificuldades decorrentes do desequilíbrio entre oferta e demanda, promove o diálogo com todos os outros elos produtivos da cadeia de valor no sentido de buscar máxima racionalidade no planejamento do calendário de eventos corporativos.
Em cidades como São Paulo, a taxa média de ocupação dos hotéis está em 72%, mas, com a sobreposição de eventos, é comum faltar leitos para atender a demanda corporativa, até mesmo em alguns finais de semana. Em localidades como Rio de Janeiro e Recife o cenário é agravado pela elevadíssima taxa média de ocupação: 85%. Outro destino também fortemente demandado pelo mercado corporativo, Brasília, apresenta como alternativa programação de viagens entre sexta-feira e segunda, uma vez que nos demais dias da semana a ocupação beira os 100%.
“Estamos empenhados em minimizar transtornos causados aos nossos clientes”, afirma Francisco Leme da Silva, presidente do Conselho de Administração da ABRACORP, que concentra 35% da movimentação do mercado de viagens corporativas no país – segmento que responde por mais de 60% do PIB do setor de Viagens e Turismo.
Além de fazer valer sua representatividade setorial frente às redes hoteleiras para favorecer os clientes das agências de viagens associadas, a ABRACORP busca na hotelaria independente, que representa 92% da oferta nacional, opções compatíveis com o perfil da demanda, também, cada vez mais exigente.
Do mesmo modo, as agências ABRACORP orientam os clientes no processo de revisão das suas políticas de viagens, buscando evitar sobreposição de datas e garantir máxima antecipação possível na programação dos eventos corporativos. A medida, inclusive, segundo a entidade, permite reduzir custos; uma vez que as tarifas hoteleiras flutuam de acordo com a demanda. “Em momentos de alta ocupação as tarifas sobem e podem até triplicar”, alerta o presidente Francisco Leme.
Neste cenário, o que prevalece como recomendação para quem precisa de hospedagem, seja para realizar sua viagem de negócios, organizar ou simplesmente participar de um evento corporativo, é consultar sua agência de viagens.
Até a realização da Copa do Mundo, em 2014, dados divulgados no CONOTEL 2011 registram que está previsto o investimento de R$ 2.175.461.000 na construção de 76 hotéis, com 12.998 UHs, na região Sudeste, gerando 7.073 novos empregos.
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