A entidade considera que a proposta de fragmentar os conteúdos dos GDSs em pequenos bancos de dados independentes, se aceita, significará jogar fora o esforço tecnológico que permitiu a melhoria de qualidade e o crescimento dos serviços de viagens

A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) aderiu ao projeto Open Allies for Airfare Transparency (www.faretransparency.org), o qual manisfesta preocupação ante a ideia, de alguns segmentos do turismo, de fragmentar as informações acerca das companhias aéreas, hoje concentradas nos GDS (Global Distributiuon System), em vários bancos de dados menores, administrados pelas próprias empresas de aviação, como era no passado mais remoto.

“Isso, além de gerar custos para todos os elos da cadeia de negócios, colocaria em risco a própria agilidade dos sistemas, então desconectados, e, pior, a confiabilidade das informações nas operações de reserva e venda de passagens aéreas”, argumenta o presidente do Conselho de Administração da Abracorp, Francisco Leme.

Mas o problema não é apenas esse. “O que se vê aqui é, também, uma tentativa de frontal desrespeito aos consumidores”, denuncia Leme. Na opinião da entidade, que representa agência responsáveis por mais de 40% das receitas auferidas pelo segmento de viagens corporativas no Brasil, o modelo de negócio fragmentado, como querem as companhias aéreas, não fere apenas os interesses dos agentes de viagens. “Se adotado, virá tornar menos transparente para o cliente os verdadeiros preços e custos de uma viagem”, insiste.

Devidamente ouvidas, as agências associadas, segundo Leme, consideram que a fragmentação do conteúdo geraria enorme aumento de custos tecnológicos. “Nós estaríamos usando a tecnologia não para promover a produtividade-lucratividade, mas, sim, para fazer remontar o processo de comercialização de passagens aéreas à pré-história”, protesta o presidente do Conselho de Administração da Abracorp, a propósito do tema.