A segunda plenária do evento recebeu um pĂşblico significativo no auditĂłrio central do Riocentro, entre o fim da manhĂŁ e inĂcio da tarde desta quinta-feira. A despeito das dificuldades conhecidas, especialmente no que concerne Ă falta de investimentos no sistema aeroportuário nacional, as empresas do paĂs (Varig, Gol e Tam) mostram-se otimistas e prevĂŞem melhoria crescente para o setor. Outro segmento que exibe nĂşmeros e perspectivas excelentes Ă© o de Cruzeiros MarĂtimos.
O setor de agenciamento de viagens e operações turĂsticas, apesar da perda de receita por conta da redução das comissões, busca se reposicionar e reverter a situação a favor do setor. Dos representantes setoriais participantes da plenária, o que apresentou menos motivo para comemorações foi o hoteleiro. Um dos vilões, no caso, Ă© o câmbio, que torna o Brasil um destino caro. Mas as companhias áreas acham exatamente o contrário.
Seguem frases significativas de alguns participantes da plenária:
“O segmento de cruzeiros marĂtimos cresce Ă taxa de 24% ao ano, no mundo. No Brasil, esse Ăndice salta para 35%. Melhor que isso: deve continuar crescendo, representando alternativa favorável ao trabalho competente do agente de viagens”.
(Eduardo Vampré Nascimento – Presidente da Abremar)
“A valorização do real perante o dĂłlar faz do Brasil um destino que deixou de ser barato. NĂŁo atraĂmos para cá nem 1% dos americanos que viajam. Para compensar o câmbio desfavorável, temos de investir na oferta de qualidade e fortalecer o mercado interno”.
(Airton Nogueira Pereira Jr. – Diretor da Embratur)
“O turismo vai bem, obrigado. Mas temos de investir o máximo em infra-estrutura e segurança para aqueles que nos visitam. E lidar com o desafio da tecnologia – fazer delas nossa aliada. O agente de viagens tem de buscar um novo modelo para obtenção de receitas. E agregar mais e mais valor ao seu produto/serviço”.
(José Eduardo Barbosa – Presidente da Braztoa)
“Temos um mercado domĂ©stico com potencial extraordinário. Basta observamos as dimensões continentais do paĂs, a expansĂŁo do crĂ©dito, o aumento da renda mĂ©dia da população e valorização do real. Claro que a infra-estrutura ainda Ă© impõe limites, mas nĂŁo a ponto de frear nosso otimismo nem mudar nossos planos para o futuro prĂłximo”.
(Klaus Kuhnast, diretor comercial da TAM).
“O jornalismo dedicado ao trade turĂstico tende a ser menos social e mais objetivo. As mĂdias online devem crescer, tornando-se mais especializadas. O sites de venda devem agregar volume crescente de informações, porque o leitor do trade tem que se informar. E, por fim, a crĂtica da mĂdia especializada deve ser construtiva – menos personalismos e fuxicos”.
(Cláudio Magnavitta – Presidente da Abrajet)
“Temos de ficar atentos ao crescimento do comércio online dos negócios de turismo. Nos próximos três anos, essa modalidade deve dobrar de tamanho. O perfil do consumidor está em permanente mudança – mas o fato é que ele está mais informado. E mais exigente”.
(Alexandre Zubaran – presidente da Associação Brasileira de Resorts).
“Temos razões de sobra para sermos otimistas em relação ao turismo brasileiro. Em 2006, o setor de locação de automóveis cresceu 8,9%. Compramos um automóvel a cada três minutos. Mais de 60% do nosso faturamento vem da área de turismo. Por isso, temos no agente de viagens um parceiro, para quem reservamos boas comissões em um negócio que tende a crescer”.
(Adriano Donzelli - Presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis – ABLA) |