O loteamento que abrange as Praias de Iporanga, São Pedro e das Conchas pertence a um grupo de 370 felizes proprietários. Mas, justiça seja feita, eles pagam o preço. As casas de veraneio, que chegam a custar mais de R$ 20 milhões, dispõem de sistemas de reciclagem de lixo e estão engajadas nos programas de reflorestamento e recuperação de mangues. À natureza o que é da natureza.

Desde 2007, a Associação dos Proprietários do Iporanga (Sasip) garante o replantio de árvores nativas da Mata Atlântica, com sementes jogadas de helicóptero. Somente no ano passado, foram espalhados cerca de 660 quilos de sementes. Depois que a Sasip assumiu os projetos de preservação, o mangue foi revitalizado e hoje já se veem garças e outros bichos habitando a área recuperada.

O respeito coletivo às leis ambientais faz com que apenas 30% da área seja construida. O restante é mata atlântica. É a entidade quem cuida do tratamento de esgoto e abastece com água as casas do loteamento, além de fazer a coleta seletiva do lixo. Nas ações, a Sasip utiliza parte da verba de R$ 1 milhão, que arrecada mensalmente, na forma de cotas condominiais.

Lei aprovada pelo município determina que cabe à Sasip regular o acesso às praias de Iporanga, São Pedro e das Conchas. A visitação é pública, mas só podem entrar, de uma só vez, 180 carros de turistas na região. Para ter acesso à praia, basta que o visitante se identifique na portaria.