Dez entidades civis juntaram-se ao poder público em audiência para discussão sobre a Ponte que ligará as cidades Santos e Guarujá

Poucas vezes na história desse país vemos três setores da sociedade tão integrados como nesses tempos. A população, a sociedade civil organizada por meio das entidades, e os órgãos do governo trabalhando em prol de um bem comum. O Centro de Convenções do Delphin Hotel Guarujá ficou lotado no último dia 4 de março, na audiência pública que discutiu a construção da ponte ligando as cidades de Santos e Guarujá.

Ricardo Roman Jr, presidente do Guarujá Convention & Visitors Bureau, o anfitrião da noite, liderava a comissão de entidades que junto à Frente Parlamentar em Defesa da Ligação Seca Santos Guarujá, Assembleia Legislativa, Prefeitura Municipal de Guarujá, e a Câmara de Vereadores, que com o apoio do deputado Paulo Alexandre, organizaram a audiência pública. Todos os discursos salientavam como a ponte trará mais desenvolvimento para a cidade. Também foram discutidos detalhes, como o traçado da ponte e questões técnicas sobre a execução da obra, que será realizada com recursos do Governo do Estado. A previsão é de que a construção fique pronta em 30 meses após o seu início. Não haverá cobrança de pedágio.

“Viva o Guarujá o ano todo”, com essas palavras, Ricardo Roman jr resume o que significa ter uma via de fácil acesso à cidade. Além dos benefícios para os cidadãos que utilizava a balsa para se deslocar, seja a trabalho ou a turismo, o turista também fica mais próximo da cidade. Com o turismo vem a geração de renda que resulta em desenvolvimento econômico e social.

Esta já foi a terceira audiência pública desde a criação da frente parlamentar, oficializada pelo Ato nº 44, da Presidência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em 5 de junho de 2008.

Treze pessoas compuseram a mesa de discussões: Ricardo Roman Jr, presidente do Guarujá Convention & Visitors Bureau; Edmur Mesquita, assessor especial do governador Serra; José Carlos Rodrigues, Presidente da Câmara de Guarujá; a Prefeita Maria Antonieta de Brito; o deputado Paulo Alexandre, o deputado estadual, Castro Navarro; e representantes das associações: Rotary Club; a Associação Comercial e Empresarial de Guarujá (ACEG); e, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Guarujá, Subseção de Guarujá da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Guarujá (AEAG); a União das Associações e Entidades Comunitárias e Assistenciais da Ilha de Santo Amaro (Unaisa); A Associação os Médicos e, a Associação dos Quiosqueiros do Guarujá.

Histórico - A ligação seca entre as duas cidades foi idealizada em 1947 por Francisco Prestes Maia, autor do Plano Regional de Santos. Na época, o arquiteto e urbanista defendia, no mínimo, três novos acessos entre as duas cidades. Durante esse período, foram feitas várias tentativas para a realização da obra, mas todas fracassaram por falta de recursos e vontade política.

“Foi preciso mais de seis décadas para que o projeto saísse do papel. Um mérito do governador José Serra, que mais uma vez revelou uma visão desenvolvimentista. Quando todos criticavam e ironizavam a iniciativa, o governador foi adiante cumprindo todas as etapas necessárias para uma obra dessa grandeza”, disse Paulo Alexandre, enaltecendo também o apoio popular.

Por dia, cerca de 25 mil veículos e 15 mil ciclistas utilizam o sistema administrado pela Dersa. Mais de 80% dos usuários do sistema são de pessoas que se deslocam para trabalho e estudo. “Só que enfrenta diariamente a travessia de balsas sabe o quanto a ponte é importante”.



Veja imagem da audiência Audiência Guarujá