Falta oferta aérea. A demanda está aquecida. As perspectivas para as férias de julho são de aumento de 20% nas vendas do setor, comparado a igual perÃodo do ano passado. Com as atuais condições cambiais, que estimulam a saÃda de brasileiros para o exterior, os turistas agradecem. Neste cenário, a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil ainda mantém a proposta da flexibilização das tarifas aéreas para os vôos internacionais, que contestamos em manifesto assinado em conjunto com outras entidades do trade. Não só pela evasão de divisas, que de certo modo até pressiona a desvalorização do Real e favorece as empresas exportadoras, mas, sobretudo, pelos percalços que acarretam à Embratur – que se esforça para atrair turistas estrangeiros para o Brasil – e ao próprio Ministério do Turismo – que investe no turismo doméstico. A ANAC parece de fato desconhecer o problema, que se soma a tantos outros que atormentam as Agências de Viagens no paÃs. O Sindetur-SP já iniciou estudos para demonstrar à s autoridades os inúmeros e variados problemas criados pelas empresas aéreas (BSP/IATA), tais como: envio crescente de ADMs injustificáveis, criação das taxas de cancelamento, alteração de rotas, bilhetes sem reembolso, taxas de re-emissão de e-tkt, emissão de faturas, multas compulsórias e prazos impraticáveis para confirmação de tarifas. Para agravar ainda mais o cenário de injustiça, o Plano Nacional de Desenvolvimento Produtivo, anunciado pelo Governo Federal, simplesmente ignora a importância social e econômica do Turismo – excluÃdo da lista dos 24 setores beneficiados com a desoneração tributária e juros reduzidos em linhas de crédito ofertadas pelo BNDES.
Eduardo Vampré do Nascimento
Presidente do Sindetur-SP
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