A VI Reunião Ministerial da Iniciativa de Transportes do Hemisfério Ocidental (ITHO), realizada nos dia 25 e 26 de agosto de 2005, no Centro de Convenções do Casa Grande Hotel Resort & Spa Guarujá (SP), reuniu 14 ministros e 54 representantes do continente americano (com exceção de Cuba) para discutir experiências que permitam viabilizar o desenvolvimento de sistemas e serviços de transportes integrados, eficientes, seguros e sustentáveis.
Inserida no processo da Cúpula das Américas, a ITHO priorizou o debate sobre a região Amazônica. Na pauta, uma oportunidade para o Brasil de expor a sua recente conquista obtida junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que aceitou a implementação do Projeto Piloto de Investimento (PPI), instrumento político que já permite ao governo utilizar 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano, sem incluí-lo no cálculo do superávit primário, desde que os recursos beneficiem iniciativas com garantia de retorno fiscal.
Assim, todos os presentes e, em especial, os países limítrofes que enfrentam os desafios impostos ao desenvolvimento sustentado da região Amazônica, deram especial destaque às considerações feitas pelo ministro dos Transportes do Brasil, Alfredo Nascimento. O aplaudido anfitrião considerou inovadoras as negociações com o FMI, que também têm como objetivo melhorar a gestão do gasto público, podendo tornar-se, futuramente, uma prática constante em todos os países do Hemisfério com dificuldades de gerar superávit primário.
Neste ano, cerca de cem empreendimentos foram incluídos no Projeto Piloto - dos quais 80% do setor de transportes, como a conclusão das obras de construção da ponte Brasil-Peru, que, de acordo com o ministro, “possibilitará chegarmos ao Pacífico pela BR-364. Além disso, com a conclusão da BR-319, poderemos sair de Manaus, chegar ao Peru e conseqüentemente ao Pacífico”, ressaltou. Nascimento enfatizou também a importância da pavimentação rodoviária para a integração física dos países do continente, como uma alavanca indispensável ao crescimento, desenvolvimento e geração de emprego e renda para as populações. “A importância é dobrada, porque a obra serve para integrar nossos departamentos, províncias do Peru e do Brasil, e para interconectar os nossos mercados a outros países. Ou seja, saindo para o Pacífico e para os mercados brasileiros no Sul”, reiterou o representante da delegação peruana, Raul Torres.
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