Impacto da crise aérea no comportamento da demanda turística em São Paulo
Por solicitação do Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de São Paulo (SINDETUR-SP), da Associação Brasileira das Agências de Viagens (ABAV-SP) e do Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comercias (FAVECC), o Instituto de Pesquisa, Ensino e Capacitação de Turismo (IPETURIS), realizou uma enquete para avaliar os impactos provocados pela crise aérea nas últimas três semanas – decorrente dos atrasos de vôos provocado por falhas no controle do tráfego –, sobre o comportamento da demanda turística atendida pelas agências de viagens entrevistadas. Com base em uma amostra constituída por 100 (cem) agências e operadoras turísticas, o estudo revela que:
• 48% das agências constataram queda no movimento das vendas de viagens e excursões turísticas por via aérea;
• A demanda espontânea de consumidores que procuram as excursões turísticas por via aérea está 31% menor, comparada ao mesmo período do ano passado;
• A crise aérea já provocou a queda nos preços das viagens nacionais para pelo menos 9% das agências e operadoras turísticas entrevistadas;
• 63% dos consumidores demonstram ter receio de comprar excursões turísticas por via aérea;
• Entre os consumidores que receiam viajar de avião, 41% deles admitem trocar o aéreo por viagens rodoviárias e 50% por viagens marítimas (cruzeiros).
Vale ainda registrar que a maioria absoluta dos profissionais do Setor considera que a atual crise aérea é de responsabilidade exclusiva do governo. Além de isentarem as cias aéreas de culpa e protestarem contra quaisquer tentativas do governo em penalizá-las com multas, as agências de viagens e operadoras turísticas clamam às autoridades por uma solução imediata, tendo em vista o início da alta temporada de férias de verão. Na avaliação dos entrevistados, até o momento o mercado corporativo (que responde pelas viagens de negócios) foi o mais prejudicado, especialmente por demandar pontualidade nos vôos para a realização de compromissos inadiáveis. O estudo também aponta que os passageiros em conexão constituem um dos segmentos mais afetados.