Sugestão de Pauta: Turismo como vetor de desenvolvimento
Prezado Editor:
Há graves divergências quanto à participação do setor de viagens e turismo no Produto Interno Bruto do Brasil, que chegam a variar de 2,5% a mais de 5%. Do mesmo modo, a real contribuição setorial em relação à População Economicamente Ativa (PEA) sofre carência de dados atualizados por meio de referências metodológicas confiáveis.
Às vésperas da Copa do Mundo, em 2014, e da Olimpíada, em 2016, essa deficiência ganha relevo aos olhos de investidores privados e mediante a necessidade da definição de políticas públicas, que se vê às voltas com a eminente destinação de milhões de reais por meio de convênios e orçamentos em vigência ou em fase de renovação.
O site especializado www.turismoemnumeros.com, que reúne base de dados e análises setoriais disponíveis gratuitamente para consulta de profissionais e estudantes, sob o patrocínio do Sindicato das Empresas de Turismo do Estado de São Paulo – Sindetur/SP e apoio do Instituto de Pesquisa, Estudos e Capacitação de Turismo – Ipeturis, aborda o tema em artigo inédito do professor doutor de estatística econômica Wilson Rabahy.
Na pauta: Quais são os principais problemas e conceitos fundamentais da Conta Satélite do Turismo (CST), instrumento proposto pela Organização Mundial do Turismo (OMT) para medir o impacto do Turismo nas Economias dos Países? Como dimensionar e monitorar o peso da atividade em seus diferentes segmentos no atual e nos futuros cenários?
Concentrando-se nos resultados preliminares obtidos por este método (CST) no Brasil e com base em dados de 2000 (os mais recentes), a publicação dimensiona a participação dos vários elos que compõem a extensa cadeia produtiva do setor, com destaque para os segmentos de transporte, alimentação e hotelaria.
Do mesmo modo, ao demonstrar que o turismo doméstico representa nove vezes mais do que o turismo externo, em termos econômicos, a publicação indica a premência da atualização dos dados setoriais, além da complementação e a integração dos mesmos com os demais órgãos de estatísticas do País, particularmente o IBGE.
Em atenção aos fatos acima e a importância da difusão das informações pertinentes ao desenvolvimento sustentável da Indústria de Viagens e Turismo no Brasil, permanecemos à sua inteira disposição para complementar informação, esclarecer eventuais dúvidas e agendar entrevistas com fontes que sejam de seu interesse.
Atenciosamente,
Marily Miranda