Agências de Viagens. Difícil é Fazer a Cobrança
SUGESTÃO DE PAUTA
Difícil não é levantar a auto-estima do profissional e convencê-lo de que pode e deve cobrar pelos serviços prestados, de venda assistida e consultoria – da pesquisa de preços à indicação de melhor opção em termos de meios de transporte e hospedagem, entre outras informações, cujo levantamento demanda tempo e recursos. A maioria facilmente se convence de que o procedimento é correto. O problema é sensibilizar as chefias de que a prática deve ser, mesmo, adotada. Algumas chefias, temendo que o resultado (positivo) ponha o funcionário em evidência, rejeitam a idéia. Ou respondem que a concorrência, com certeza, irá usar o fator preço (mais baixo) como argumento de venda, testemunha o coordenador administrativo do Sindetur-SP, André Lima, responsável pela organização da série de cursos de capacitação dirigidos a agentes de viagens.
O impasse se revelou nas exposições, debates e nas dinâmicas de grupo que ensinam como identificar, avaliar e cobrar os chamados serviços não comissionados. Os cursos, ministrados no auditório da Braztoa, se inserem no programa Agente de Viagens do Século XXI, recém-lançado pelo conjunto de entidades do setor de agenciamento, que já treinou aproximadamente 200 profissionais.
"É muito interessante destacar o perfil heterogêneo dos grupos: homens e mulheres de todas as faixas de idades, agentes experientes, grandes operadores, free-lancers, pessoas com pouca experiência e recém-chegados ao turismo. Todos tinham sua visão própria do mercado e estão conscientes de que não poderão depender do comissionamento tradicional por muito tempo e estão buscando uma renovação em conceitos habituais de remuneração", acrescenta André Lima