Depois de ser adiado em três anos, o acordo ortográfico previsto para 2016 pode não entrar em vigor tal como está. Comissões em Brasil, Portugal, Moçambique e Angola trabalham para simplificar o modelo e torná-lo mais lógico e abrangente, com menos regras e exceções. Os usos do trema, do “x” e do hífen do acordo atual estão na mira.
Nos dois países africanos o acordo não foi ratificado, como em Brasil e Portugal, mas por aqui a Comissão de Educação, Ciência e Cultura do Senado, da qual o professor Ernani Pimentel é um dos integrantes, tem um abaixo-assinado que contém aproximadamente 30 000 assinaturas a favor de um modelo mais simples.
O movimento pelo novo acordo disponibilizou o endereço
www.simplificandoaortografia.com.br para submeter às populações as possíveis mudanças. Em setembro de 2014 um simpósio vai discutir as propostas de simplificação e unificá-las para, em outubro, portanto 13 meses antes da vigência da reforma, entregá-las às autoridades de cada país. Explica Pimentel:
- Algumas regras do acordo atual não tem cabimento. Um modelo mais lógico vai reduzir o tempo do ensino da ortografia de 400 horas a 150 horas. Sobra mais tempo para ensinar interpretação de texto, por exemplo.
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