Viagens Corporativas. Nova Entidade quer Ética e Profissionalismo
Ética e profissionalismo são as palavras de ordem que devem orientar, internamente, as ações da entidade que nasce. Mas, também, o comportamento dos associados, novos ou remanescentes das entidades de origem
A definitiva profissionalização dos agentes de viagens especializados em viagens corporativas – inclusive com a criação de parâmetros de qualidade – forte acento na prestação de serviços, o que contempla, entre outros, assessoria completa aos associados na adoção de modelos de gestão que, de fato, favoreçam a lucratividade. Mas, acima de tudo, a construção de um mercado que se oriente pelos mais rigorosos princípios da ética.
Em linhas gerais, essas são as metas da nova associação representativa do segmento de viagens corporativas, anunciada, em São Paulo, na manhã desta quarta-feira (16/12). A entidade em fase de criação é resultado da união do FAVECC (Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais) e da TMC (Associação das Empresas Administradoras de Viagens de Negócios do Brasil). Com 30 associados (25 do FAVECC e seis da TMC, sendo que uma agência está associada às duas entidades), a nova associação representa empresas que, em 2008, contabilizaram a receita combinada de R$ 8 bilhões – quase 25% do mercado, cujo faturamento, no mesmo período, foi de R$ 34 bilhões.
Melhores práticas
Inteiramente desenhada, em apenas seis meses, sob a consultoria da Deloitte Touche Tohmatsu, a associação, cuja sede funcionará no espaço físico hoje ocupado pelo FAVECC, em São Paulo, ainda não tem nome. A razão social será anunciada apenas em janeiro, na assembléia geral da qual deverão participar associados das duas entidades. “Mas a entidade já nasce grande. Mais do que isso, tomando com referência, para si mesma e para os associados, as melhores práticas em gestão e governança, sabe muito bem o que quer e aonde vai”, garantem os presidentes do FAVECC, Francisco Leme, e da TMC, André Carvalhal.
“Tudo isso que está acontecendo se pode resumir como um esforço para dotar os agentes de viagens especializados em contas corporativas de condições para operar no futuro. Um futuro que já chegou, um futuro que requer ética e profissionalismo”, explica Chico Leme. “Nossa intenção é trabalhar para que se atinja o maior nível possível em termos de profissionalismo e ética, que deve ser a base do crescimento. Somente assim se poderá chegar à qualidade total necessária para captar, reter e tornar fiéis os clientes”, acrescenta Carvalhal.
No nível dos associados, a ação da nova entidade estará centrada na mais ampla e consistente gama de serviços prestados às agências participantes, prometem os consultores e presidentes das entidades-mãe. Esses serviços vão da orientação mais elementar à consultoria de alto nível. De acordo com a estrutura desenhada pela Deloitte, isso será facilitado, por conta dos comitês, que vão tratar assuntos específicos, propor caminhos e soluções, quando se identificarem problemas capazes de comprometer o desempenho das empresas, isoladamente, e do mercado em si.
Ética, a base de tudo
Nesta fase inicial, debaixo do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva, foram criados seis comitês: adesão e ética, produto, regulatório, pessoas/capacitação, tecnologia/inovação e processos/serviços. Mas a ideia é que, no decorrer do tempo, de acordo com as necessidades, se constituam outros, como, por exemplo, sustentabilidade que, hoje, segundo a Deloitte, está, sim, plenamente contemplada no comitê de adesão e ética.
“A ética é a base de tudo. Sem ela, pratica-se o lucro máximo, que, em curto espaço de tempo, gera receita, mas, no médio e longo prazos, que destroi valores. O que se espera é que os associados da nova entidade persigam o lucro ótimo – aquele que se sustenta no tempo, dos pontos de vista econômico, social e ambiental”, sinaliza Henri Henri Vahdat, diretor da Deloitte, que orienta a nova entidade na execução do plano de ação, válido até 2012.
Vahdat explica que um dos pilares de sustentação desse plano será a profissionalização não apenas dos associados, graças a projetos de treinamento e capacitação, mas da própria entidade. Assim, para cuidar das questões que demandam conhecimentos de gestão administrativa, os atuais voluntários serão substituidos por executivos com formação e experiência em gestão, selecionados no mercado, a começar pelo diretor-executivo, a quem caberá fazer a interface com o mercado.
A consultoria e as entidades-mãe explicam que todos os atuais associados serão convidados a participarem da entidade em fase de criação. Mas os novos serão selecionados com base em critérios mais rigorosos do que os atuais. Os potenciais sócios, segundo esses critérios, são as empresas globais (presentes em 30 países ou em três dos cinco continentes), grandes (receita anual de R$ 250 milhões), médias (até R$ 250 milhões) e pequenas (até R$ 100 milhões).
São Paulo, 17 de dezembro de 2009.
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Luiz Henrique Miranda
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