Norteado por um case de sucesso implantado em uma agência de viagens, o evento apontou as diversas maneiras para se minimizar o impacto gerado pelas mudanças organizacionais A partir do tema “Gestão de mudanças organizacionais”, a ABAV-SP reuniu, na manhã de hoje (9), na sede da ABAV Nacional, em São Paulo, um grupo de 20 agentes de viagens para promover a 33ª edição de seu Fórum Executivo. A apresentação de Raquel Patti, coordenadora de Cursos da entidade, e Lúcia Helena Ferraz, consultora da Qualitas Travel Partner, estimulou nos participantes a reflexão a respeito da qualidade do trabalho desenvolvido pela empresa em que cada um atua.
“Há algo que se possa fazer diferente? Quais são as suas expectativas em relação à sua agência? Como é o comportamento das pessoas que integram a equipe e o seu comportamento em relação a elas?” foram alguns dos questionamentos provocados pelas palestrantes, que afirmaram que mudar é um processo que começa com uma visão de futuro e que só é atingido quando existe vontade e disposição para se alcançar os resultados por meio das ações corretas.
Sob o ponto de vista das profissionais, é essencial que, após optar pela execução de determinada meta, haja planejamento por parte dos líderes para que qualquer tipo de impacto à equipe seja minimizado, o que inclui desde uma simples mudança de endereço até um complexo processo de fusão ou mesmo a promoção de funcionários e a contratação de colaborador externo para ocupar cargo estratégico, por exemplo.
Com base neste cenário, Raquel e Lúcia explicaram as diversas etapas do período que identificaram como “ciclo da mudança”: negação, raiva, negociação, aceitação do inevitável, exploração das possibilidades e integração, fases que demandam energia e tempo por parte da equipe no que concerne à adaptação à nova realidade.
“Há grande resistência em mudar, principalmente por conta da zona de conforto em que nos acomodamos”, disse Lúcia. Questionados sobre qual consideram ser o aspecto mais crítico da gestão de mudanças, os participantes citaram, entre outros tópicos, a apresentação das mudanças em si, a reação das pessoas envolvidas, a compreensão sobre onde se quer chegar e o que está sendo proposto e o medo do desconhecido.
Embasadas em um case implantado em uma agência de viagens, as palestrantes falaram sobre os motivos que mais levam à procura por uma consultoria, dentre os quais se destacam má qualidade de vida no trabalho, insatisfação por parte da equipe e diretoria, falta de compromisso dos colaboradores, contratações inadequadas e baixa produtividade.
O processo de mudança tem início quando a diretoria toma a decisão de compreender em maior profundidade o que está acontecendo na empresa, averiguando a origem dos problemas através de uma pesquisa de clima organizacional, realizada a partir de uma conversa franca com todos os integrantes da equipe.
Logo após, os resultados do diagnóstico é apresentado à diretoria e à equipe, juntamente com as sugestões de ações de melhoria, em um plano que prevê a definição de papéis, responsabilidades, logística do processo e o cronograma. as ações podem englobar a criação de uma frente de comunicação, de gestão de pessoas e de desenvolvimento de liderança, com etapas de acompanhamento, feedback e mensuração dos resultados obtidos. Por fim, o principal objetivo passa a ser a integração de todos os funcionários.
Com a presença de William Périco e Edmar Bull, presidente e vice-presidente da ABAV-SP, respectivamente, o evento foi finalizado com o agendamento prévio do 34º Fórum Executivo para o dia 14 de maio.
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