Iniciativa da ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagens), em parceria com o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o programa Central de Negócios beneficia, em especial, os pequenos agentes de viagens.

A partir do primeiro bimestre de 2010, os micro, pequenos e médios agentes de viagens, assim como os profissionais que trabalham e regime de free lancer, terão a serviço deles mais uma importante ferramenta de negócios. Trata-se do Programa Central de Negócios, que, nas diversas regiões, Brasil afora, pretende ligar em rede cooperação comercial, dentro e fora do País, empresas de mesmo perfil de negócios. O programa, apresentado, na sexta-feira, dia 27/11, em um curso de capacitação na ABAV, em São Paulo, está previsto no PROAGÊNCIAS II, lançado pela na ABAV 2009 – Feira das Américas, em outubro passado.

“A intenção é unir, em cadeia – aliás, uma realidade na economia moderna, internacionalizada – para que, mesmo pequenas e até centradas na figura de uma única pessoa, esses agentes possam ganhar poder de pressão na negociação com os grandes clientes e parceiros e, por extensão, muito mais rentabilidade”, explica José Trabulo Jr., consultor da ABAV.

REDE DE COOPERAÇÃO

A Central de Negócios, 100% aberta às sugestões dos próprios agentes de viagens quanto à forma de operação, aspectos comerciais, logísticos, jurídicos e até éticos, está sendo desenhada por uma equipe de consultores especializados. Trabulo Jr. é um deles, ao lado de Cássio dos Santos Oliveira, consultor do Sebrae para a área de Atendimento e Fomento, e Raquel Patti, que coordena, na ABAV/SP, os cursos de capacitação profissional.

A idéia básica, entretanto, é juntar grupos de empresas, com mesmo perfil de negócios, sob uma única marca (CNPJ), para emprestar personalidade jurídica e comercial aos pequenos agentes e dar e eles maior competitividade. Hoje, sem terem como responder às exigências contratuais dos grandes clientes e parceiros de negócios (operadoras, companhias aéreas e redes de hotelaria, inclusive), a maioria acaba excluída. “Na verdade, o conceito será sempre expresso no plural, pois não se trata de uma única Central de Negócios, mas, sim, de várias, com a cara do grupo de empresas que as constituírem, em cada uma das regiões”, explica Trabulo Jr.

MODELOS SOB MEDIDA

“Nossa expectativa é de que haja forte adesão à Central de Negócios, cujo objetivo é robustecer o setor, fortalecendo cada empresa, isoladamente e no conjunto”, resume Raquel. O consultor do Sebrae se coloca à inteira disposição daqueles que quiserem informar-se melhor a respeito do programa. “Nós dispomos de modelos de gestão sob medida para cada uma das empresas, independentemente do porte e perfil de negócios, bem como para empreendedores individuais”, diz Oliveira.

“A iniciativa de lançar o programa Central de Negócios é a continuação natural da ação que a ABAV Nacional vem desenvolvendo, nos últimos anos, com a finalidade de capacitar os profissionais do setor em todos os níveis”, explica o gerente executivo da entidade, Shigueru Tamura. Mas, segundo Trabulo Jr., o programa também vai ao encontro da própria Lei Complementar 128/08, que alterou o Estatuto das Microempresas de Pequeno Porte, resgatando da informalidade milhares de profissionais autônomos, inclusive, agentes de viagens que trabalham em regime de free lancer.

Ainda desconhecida da maioria dos profissionais autônomos do setor, em São Paulo, a lei foi objeto do curso que, ministrado pelo consultor, está percorrendo os 27 estados brasileiros. Muito mais do que os aspectos legais, o consultor está levando aos empreendedores individuais modelos de gestão capazes de reduzir custos e gerar resultados.

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