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Terceira e última plenária do evento trata de inovação e quebra de paradigmas
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Terceira e última plenária do evento trata de inovação e quebra de paradigmas

Especialistas buscaram desmitificar a ideia de que inovação em turismo envolve alta tecnologia e custa muito caro

Daniela Rocco (UNB), Luiz Carlos Barbosa (ex-Sebrae e consultor) e Alexandre Augusto Biz (engenheiro pela UFPR), mediados por Ana Carolina Medeiros (ICCABAV), abordaram os aspectos essenciais que envolvem a inovação no setor do agenciamento de viagens. Mesclaram parâmetros de natureza acadêmica e a percepção vivencial resultante dos desafios práticos.

A Prof ª Daniela Rocco definiu inovação como “a capacidade de fazer diferente para fazer melhor – e não necessariamente fazer o novo”. Lembrou que, nesse processo, a inovação pode transformar, por exemplo, morosidade em rapidez e eficiência. Na esteira da desmitificação da ideia que o senso comum faz da inovação, Daniela lembrou que “podemos inovar com aquilo que é tradicional, a baixo custo”. Por fim, indagou ‘por que o Brasil ainda não tem uma Embrapa dedicada ao Turismo”?

O experiente Luiz Carlos Barbosa abriu a exposição sucinta dizendo que “o tema da inovação é ancestral; remonta à era das cavernas”. Ponderou também que inovação está intimamente relacionada à sobrevivência e ao sucesso. Dos mitos que afugentam boa parte dos agentes de viagem da ideia de inovar, ele frisa que “custo elevado é uma falácia e que a inovação estaria apenas acessível a grandes empresas”.

Para ele, o conceito se aplica não só a produtos, mas também ao setor de serviços, como é o caso do turismo. “Tenhamos claro que a inovação não mora no vazio e é sempre recomendável começar pela mudança mais fácil e exequível”.

O engenheiro e especialista em tecnologia voltada para o setor turístico, Alexandre Augusto Biz, mostrou que a Alemanha adota o conceito de inovação em sua política de governo e de Estado. “Os alemães são excelentes em matéria de automação”. Naquele país, a inovação está incorporada ao desenvolvimento de novas soluções. Biz analisou o fenômeno das compras pela internet e que, em pouco tempo, o Brasil também vai aderir ao comércio pelo celular.

“Hoje ainda há muita resistência, mas não vai demorar o desaparecimento do boleto bancário no Brasil. Os pagamentos serão feitos diretamente pela web”. Lembrou também que, em turismo, a venda de cruzeiros marítimos raramente é feita pela internet, por conta da complexidade de um navio, o que gera insegurança à compra virtual. “No entanto, a venda de passagens aérea de ponta a ponta, é um sucesso, porque não gera dúvida por parte do viajante”.

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