Último dia do Salão São Paulo de Turismo
Depois de 20 horas de evento, o Centro de Convenções São Luiz se prepara para o fim dos três eventos simultâneos que abrigou: 9º Salão São Paulo de Turismo, 10º Congresso do Turismo Paulista e 2º Workshop Paulista de Turismo.
Com mais palestras e apresentações culturais que nos dias anteriores, hoje, 19 de junho, a Fanfarra Amigos de Holambra chamou para rua, a vizinhança da Rua Luiz Coelho, paralela a Avenida Paulista, com jovens da cidade vestidos em roupas típicas e tocando tambores que sincronizavam com a coreografia e som dos famosos tamancos de madeira holandeses. Dentro do Salão os Trovadores de Avaré cantavam músicas dos anos 20 e 30 também paramentados com roupas de época. No palco, a Banda Municipal de Pirajú tocou seu vasto repertório, desde músicas clássicas até temas de filmes, como A Pantera Cor de Rosa e E.T. No final, os violeiros tomaram conta da trilha sonora do evento.
A programação de palestras começou cedo, às 11h, com “Hospitalidade com Profissionalismo”, apresentada por Djacy de Almeida, coordenador de Turismo da UNIP. Para Djaci “A hospitalidade é a interação dos seres humanos com seres humanos em termos de espaços planejados”. O professor elencou ainda as quatro práticas sociais que envolvem a hospitalidade: receber, hospedar, alimentar e entreter.
No salão B, Miguel Ferrari, presidente da Ferrari Trade Marketing e diretor consultivo da AMItur, falou sobre “Marketing e outras Projeções para sua Cidade”. Para Ferrari, o Brasil nunca apresentou tantas oportunidades como agora, em termos de transporte, lazer e alimentação, mas ele acredita que ainda é necessário dar mais valor e melhorar as cidades do interior, investindo na melhoria da sinalização, por exemplo.
Às 13h, Laércio Cardozo de Carvalho, do Guia Oficial da Caminhada Noturna, apresentou sua experiência em “Como Melhor Mostrar Sua Cidade”. No Salão B, Maurício Delgado, engenheiro e pesquisador da USP, apresentou o painel “Turismo no Espaço Rural – Riscos e Oportunidades Identificando os Nichos de Mercado”.
Rogério Rodrigues Ribeiro, Técnico do Instituto Geológico, fez uma dinâmica diferente com os participantes da palestra, iniciada às 14h30, no salão B, para falar sobre o valor dos monumentos geológicos no turismo: ele apresentou dois pedaços de rocha. A primeira vista nenhum parecia diferente, porém, uma preservava os fósseis de um ancestral dos répteis e a outra possuía mais de 400 milhões de anos e carregava restos de conchas do mar. Rogério fez ainda uma comparação com a Inglaterra, que possui a mesma área que São Paulo: enquanto aqui possuímos 5 monumentos geológicos identificados, estudados, protegidos e divulgados, lá são 2200. “Vocês, profissionais do turismo, precisam conhecer o valor dos monumentos geológicos para poder oferecer aos seus turistas e levá-los a visitar os destinos com senso de responsabilidade”, recomendou.
No mesmo horário, João Carlos Demarco, presidente da Abracheff, falava sobre o bem receber e atender. Primeiro destacou a importância do treinamento e da capacitação do profissional, em seguida falou sobre a diferença no atendimento do Brasil e do exterior.
Finalizando o dia, Aristídes de La Plata Cury, consultor da Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureau e diretor consultivo da AMItur, apresentou o painel “Competitividade nos Destinos Turísticos: não se admite amadorismo”, onde começou aplicando um teste nas pessoas com destinos turísticos aplicados a competitividade dos roteiros. La Plata sugeriu como tendência o turismo ligado ao meio ambiente com infraestrutura e ações de marketing.
Em outra palestra, Vera Lúcia Dias, arquiteta e fundadora da S.Paulo Café Turismo e Passeio Paulistano, apresentou uma perspectiva de visitar a cidade focando em seus potenciais arquitetônicos. As principais frentes dessa “modalidade” são as arquiteturas indígenas, militar, religiosa, Art Decò, Art Noveau, Arte Pública, esculturas, paineis e grafites.